Mogi das Cruzes tem campanha contra o cerol

01/07/2015

cerol campanha“Cerol é arma”. Esse é o mote da campanha orientativa iniciada, neste mês de julho, em Mogi das Cruzes por iniciativa do vereador Claudio Miyake. O material visual foi desenvolvido com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos do uso de materiais cortantes nas linhas de pipa e será divulgado em todo o decorrer do mês de julho, quando aumenta a incidência de acidentes na cidade e em todo o país. A intenção é que o trabalho possa ser realizado em parceria com entidades como a Secretaria Municipal de Segurança, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e redes de ensino do município e do Estado.

 

O material gráfico alerta para o fato de que o cerol é proibido em Mogi das Cruzes. A lei municipal 6.953, de autoria dos vereadores Claudio Miyake, Juliano Abe e Pedro Komura, proíbe a fabricação, comercialização e utilização do cerol, ou qualquer outro produto cortante, no município de Mogi das Cruzes. A multa para quem desrespeitar a legislação pode chegar a 20 Unidades Fiscais do Município (UFMs), correspondentes hoje a R$ 2.753,60. Em caso de reincidência, a penalidade dobra.

 

A campanha, segundo Claudio Miyake, quer orientar a população a não utilizar o cerol e a denunciar os pontos de venda do produto ilegal. As denúncias podem ser feitas para o setor de Fiscalização de Posturas Municipais, pelos telefones (11) 4798-5048e 0800 770 1566. “É importante que a população faça denúncias e, dessa forma, contribua com a ação do Departamento de Fiscalização da Prefeitura. Também é importante que as pessoas não comprem o cerol. Só com esse tipo de consciência vamos conseguir acabar com os danos provocados por ele”.

 

O material gráfico da campanha foi desenvolvido em formato de folder e também em versão para redes sociais. Ele será encaminhado para entidades diversas, que podem ajudar não apenas na fiscalização, mas também na conscientização sobre os danos do cerol e da linha chilena. Na próxima semana, serão encaminhados ofícios à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Educação e Diretoria Regional de Ensino, pedindo apoio à causa. “A ideia é unir forças”, destaca Claudio Miyake.

 

Durante a sessão ordinária de ontem, na Câmara de Mogi, Miyake destacou que já conversou sobre o assunto, pessoalmente, com o secretário municipal de Segurança, coronel Eli Nepomuceno. “O secretário mostrou-se sensível ao tema e garantiu que haverá um reforço na fiscalização no decorrer do mês de julho, mesmo período da campanha. A ideia é coibir a venda do cerol e da linha cidade na cidade, de forma que também possamos registrar menores índices de acidentes envolvendo esses produtos”, disse o vereador na tribuna.

 

O uso do cerol é preocupante especialmente em razão dos acidentes envolvendo motociclistas. Na última segunda-feira (29) um grupo de motoboys promoveu um protesto nas ruas centrais de Mogi das Cruzes para fazer uma alerta à população sobre o problema. Em janeiro de 2015, o motoboy Romário Caique Ribeiro Oliveira Silva, de 20 anos, morreu após ser atingido por uma linha chilena na avenida Pedro Machado, em Mogi. Vários são os casos de motoboys que se cortam em razão das linhas com cerol.

 

Linha elétrica sofre danos graves

O cerol e a chamada linha chilena também representam danos graves à rede elétrica. Reportagem publicada por O Diário no último domingo mostrou que, apenas no ano de 2014, foram registrados 587 casos de pane elétrica em razão das linhas com cerol, que é condutor de energia. No total, 100.106 pessoas foram diretamente prejudicadas pelos incidentes, ficando sem eletricidade em suas residências.

 

Os dados são da empresa EDP Bandeirante e mostram que, também no ano passado, 340 mil casas ficaram sem energia elétrica em razão de três mil acidentes envolvendo pipas e balões. Segundo a empresa, os períodos de recesso escolar concentram 83% dos casos. A concessionária confirma que o cerol é o principal causador dos estragos.

 

O vereador Claudio Miyake ainda destaca que há riscos também para o usuário do cerol. “O material cortante é condutor de energia, portanto é grande o risco de choques e até de morte por eletrocussão”, alerta.

 

Chegou a hora de somar forças para fazer a diferença!

Claudio Miyake