Setembro Amarelo – Conscientização e prevenção durante o ano todo

14/09/2020

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro) foi escolhido no ano de 2003 pela Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (IASP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) com objetivo de maior conscientização sobre o tema.

No Brasil, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) organiza a campanha Setembro Amarelo, criada para prevenir e reduzir os casos de suicídio.

Segundo a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa coloca fim à própria vida no mundo, cerca de 800 mil pessoas no ano; e de acordo com o Centro de Valorização da Vida (CVV) a cada seis pessoas, uma já pensou em suicídio.

Os dados são alarmantes e reforçam a necessidade de debatermos o assunto diariamente.

Neste ano, um novo fator foi colocado em pauta pelos especialistas: a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a saúde mental das pessoas foi afetada pela Covid-19, causando aumento da angústia, depressão e ansiedade – fatores de risco para suicídio.

Para auxiliar a população, principalmente pelo distanciamento social necessário, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)  divulgou a cartilha de Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia da Covid-19 – Suicídio na Pandemia Covid-19 que reúne práticas da OMS (2017), do Ministério da Saúde (2017), do Instituto Vita Alere (2019) e da Orygen (2018). Confira algumas orientações:

COMO AJUDAR

– Compreender que o suicídio é complexo e multifatorial; informar sempre onde buscar ajuda, abordar os sinais de risco e alerta

– Mostrar que existe tratamento e que há outras alternativas ao suicídio.

– Informar sempre onde buscar ajuda

– Abordar os sinais de risco e alerta (mas sem reducionismos – identificar o risco pode ser algo complicado)

O QUE EVITAR

– Jamais compartilhar fotos ou vídeos de um suicídio; divulgar o lugar, a carta de despedida e o método utilizado no suicídio

– Colocar o suicídio como resultado único da pandemia

– Relacionar o suicídio com crime, loucura ou falta de fé; não colocar o suicídio como bem sucedido ou dar a entender que a pessoa encontrou a paz

– Determinar um culpado ou um único motivo, julgar, fazer piadas ou estigmatizar

Se você conhece alguém que precise de ajuda, demonstre mudanças de comportamentos, sentimentos de culpa, falta de esperança na vida e expressões de ideias suicidas (recomendações da Cartilha de 2017 do CVV) ofereça ajuda, não ignore ou julgue como frescura. Recomende opiniões de especialistas e entidades oficiais.

Caso você esteja passando por dificuldades, procure ajuda e lembre-se de que não está sozinho(a).

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone do CVV (188) ou no site setembroamarelo.com

Redes Sociais

@cvvoficial

@setembroamarelo_2020

Chegou a hora de somar forças para fazer a diferença!

Claudio Miyake