No ano de 2015, a Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes registrou um total de 2.189 casos de violência contra crianças e adolescentes. Desses, 111 são registros de abusos sexuais. Os números indicam que, em média, a cada três dias um menor de idade é vítima de violência sexual na cidade. Os dados foram divulgados pelo vereador Claudio Miyake durante a sessão ordinária de 8 de junho de 2016, na Câmara de Mogi das Cruzes.

O vereador Claudio Miyake foi um dos colaboradores na elaboração da lei municipal número 6583/11, de autoria do prefeito Marco Bertaiolli, que dispõe sobre a obrigatoriedade de notificação compulsória online, de casos suspeitos ou confirmados de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. Na época, Miyake era diretor da Rede Básica da Secretaria Municipal de Saúde.

“Graças ao Sistema Integrado de Saúde (SIS), todas as unidade de Saúde do município são integradas por meio de um sistema online de informações e os casos identificados devem ser notificados obrigatoriamente em função dessa lei. Isso é importante porque ajuda as autoridades a identificar os agressores e impossibilita que os mesmos tentem disfarçar as ações. Isso porque, geralmente, o agressor procura atendimento em unidades diferentes, mas o SIS permite o cruzamento dos dados”, ressaltou o vereador.

Os dados levantados por Miyake junto à Secretaria Municipal de Saúde apontam que em boa parte dos casos, os agressores são pessoas do convívio das vítimas, incluindo pais, padrastos e irmãos. As estatísticas apontam ainda a faixa etária das vítimas, sendo que 56 das 111 notificações envolvem vítimas com idade entre 0 e 11 anos. Ou seja, os casos de abusos contra crianças correspondem a mais de 50% do total de registros.

“A legislação completará cinco anos no mês de setembro e foi um grande avanço para o município, como instrumento de auxilio das autoridades no combate à agressão contra crianças e adolescentes”, destacou.

Outros casos

Além, dos casos de abuso sexual, apenas no ano de 2015, foram notificados 865 registros de violência física (865) e outros 1130 de agressão psicológica, além de 83 identificações de negligência.

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